A especialidade médica que consiste em estudar e proporcionar ausência de dor e outras sensações desagradáveis ao paciente que necessita realizar procedimentos médicos, como cirurgias, exames diagnósticos ou que precisam de tratamento para dor aguda e crônica.
A anestesia é realizada por um anestesiologista. Ele tem que ser especializado na área e autorizado de forma legal para exercer a anestesiologia.
O anestesiologista é um médico formado por uma faculdade de medicina reconhecida e credenciada pelo Ministério da Educação (MEC), com curso de especialização e treinamento em anestesiologia através de programas e cursos de pós-graduação de três anos intensivos.
A Sociedade Brasileira de Anestesiologia e o MEC coordenam e fiscalizam o programa de Residência Médica em Anestesiologia, sendo ao final do curso conferido o título de Especialização em Anestesiologia reconhecido pelo Conselho Federal de Medicina.
O médico anestesiologista tem papel essencial nos procedimentos cirúrgicos e em alguns exames diagnósticos, pois além da função natural de retirar a sensação de dor, tornando o ato suportável, pode promover o alívio da ansiedade, angústia e stress relacionados a estes eventos. No mais, é ele que detém a missão de cuidar da vida do paciente, mantendo suas funções vitais em níveis seguros durante estes procedimentos.
Em resumo, o médico anestesiologista é um verdadeiro guardião da vida, buscando a ausência de dor e stress enquanto monitora o estado geral do paciente, seu nível de consciência, pressão arterial, pulso, batimentos cardíacos, respiração, entre outros sinais vitais.
Este profissional deve permanecer ao lado do paciente até o final do ato ou até que seja substituído por outro anestesiologista.
Existem três tipos de anestesia:
- Anestesia local: uso de anestésico local, aplicado somente no local da cirurgia. O anestésico local muitas vezes pode ter efeitos tóxicos que são sistêmicos. Por isso, é importante a presença de um anestesiologista para a monitoração do ritmo cardíaco, pressão arterial e respiração. O cirurgião deve estar concentrado na cirurgia.
- Anestesia regional: quando apenas uma região do corpo é anestesiada. Com anestesia regional o paciente pode ficar dormindo ou acordado, conforme a conveniência. Um exemplo de anestesia regional é a anestesia para cesariana, que pode ser a peridural ou a raquidiana.
- Anestesia geral: faz com que o paciente fique totalmente inconsciente durante a cirurgia. Pode ser aplicada por via endovenosa ou inalatória.
Absolutamente, sim. Existem diversas ações que transformam o parto normal em uma experiência com excelentes lembranças. Entre elas, está a Analgesia de Parto.
Na Analgesia de Parto, o anestesiologista lança mão de técnicas especiais que aliviam a dor durante o trabalho de parto. Tudo com a participação e consentimento da mãe, que permanece acordada para conhecer seu esperado bebê.
Informe-se com seu obstetra. Ele indicará os hospitais em que há Analgesia de Parto.
O tempo de duração de uma anestesia deverá ser proporcional ao tempo previsto para a intervenção cirúrgica.
Nas cirurgias com anestesia geral, o avanço tecnológico e farmacêutico permite hoje que o médico anestesiologista proporcione ao paciente uma anestesia com a mesma duração cirúrgica, tornando possível ao paciente acordar logo após o final da operação.
Nas técnicas regionais, na maior parte das vezes é desejável um efeito residual. Isso quer dizer que a parte do corpo submetida à cirurgia permanece anestesiada por algum tempo após a operação, proporcionando ao paciente ausência de dor por um período mais prolongado.
Você tem direito de escolher o seu anestesiologista. Normalmente, porém, os médicos atuam em equipes já formadas, com colegas que estejam habituados a trabalhar diariamente.
É claro! Na verdade, este é um direito do paciente! É fundamental que o paciente converse com o anestesiologista antes de se submeter a qualquer anestesia. Essa conversa deverá ser realizada durante a consulta pré-anestésica.
Esta consulta é realizada em consultório, onde o anestesiologista examinará o paciente e avaliará os exames já realizados, podendo esclarecer dúvidas, prestar informações e orientações, bem como solicitar outros exames para melhor planejar a anestesia de acordo com cada caso.
Existem muitas fantasias e informações incorretas, que poderão ser esclarecidas durante a consulta pré-anestésica.
Realizar a consulta pré-anestésica é o primeiro passo. O anestesiologista faz parte de uma equipe que concentra as informações médicas a respeito do paciente. Portanto, durante esta consulta, você poderá contar sua história ao anestesiologista: se fuma, se toma bebidas alcoólicas, se possui alguma doença, se toma medicamentos, se possui alguma alergia conhecida e como foram as anestesias anteriores.
Saiba que quanto mais informações você der, melhor serão as condições para planejar a anestesia. Isto lhe dará mais segurança e tranquilidade. Não deixe de levar os exames já realizados, e pergunte quais remédios devem ser tomados no dia da cirurgia. Informe-se também sobre o horário de internação e o tempo de jejum necessário.
Não deixe de pedir esclarecimento e orientação sobre o tipo de anestesia a que você deverá ser submetido. Informe ao seu médico anestesiologista se você tem, ou já teve, doenças como asma, diabetes, hipertensão, insuficiência cardíaca ou infarto do miocárdio.
Raros são os medicamentos que precisam ser suspensos temporariamente antes da cirurgia. Quem decide isso é o médico anestesiologista.
Se o paciente usa alguma droga ilegal como cocaína, crack, maconha, faz uso de estimulantes ou anabolizantes, ou ainda é portador de doença infectocontagiosa, ele não deve deixar de falar com o anestesiologista sobre isso. Como médico, ele tem obrigação legal de guardar segredo profissional, não só sobre esse assunto, como sobre qualquer outro.
Quanto mais informação, melhor!
Com todas as informações ao seu respeito, juntos, o anestesiologista e o cirurgião terão melhores condições de realizar seus trabalhos com sucesso.
A anestesia mais adequada para cada caso é decidida pelo médico anestesiologista, com base na avaliação clínica e nos exames realizados pelo paciente. Ele explicará ao paciente, ou a alguém de sua família, o motivo da escolha.
A sala de recuperação pós-anestésica é um setor especial, onde a maioria dos pacientes permanece após a anestesia e a cirurgia. Eventuais complicações podem ocorrer logo após o término do procedimento. Na sala de recuperação, podem ser facilmente identificadas e tratadas.
O tempo que ele fica na sala de recuperação pós-anestésica tem por finalidade observar a resposta do organismo aos procedimentos anestésico e cirúrgico realizados, enquanto se aguarda a total estabilização das funções vitais.
Além disso, o paciente receberá um acompanhamento especial para o combate precoce à dor pós-operatória.
Novas medicações, equipamentos modernos, muitos anos de estudos e pesquisas reduziram imensamente os acidentes ou complicações de uma anestesia, mas é claro que eles nunca chegam a zero. Há fatores de risco diretamente associados à cirurgia proposta, às situações de emergência, à obesidade, às condições hospitalares e clínicas do paciente. Pacientes com doenças não tratadas ou descontroladas podem apresentar um maior risco na anestesia. Outros fatores que elevam o risco da anestesia dependem totalmente do paciente. Daí ser muito importante obedecer ao jejum indicado antes do procedimento e evitar o uso de fumo ou drogas nos dias que antecedem a anestesia.
O anestesiologista, através dos conhecimentos obtidos pela especialização médica, emprega toda sua perícia e experiência clínica para o sucesso completo da operação a qual você está se submetendo, sendo capaz de prevenir a grande maioria das complicações. Para maior segurança dos pacientes, os hospitais modernos contam com equipes e equipamentos próprios para emergência e cuidados críticos, o que reduz ainda mais os riscos de acidentes graves.
Não! Não existe “teste” de anestesia, a exemplo dos testes utilizados para identificar alergias.
Os alimentos que engolimos, líquidos ou sólidos, não entram na traqueia porque dispomos de mecanismos de defesa que fecham sua entrada, fazendo com que se dirijam ao estômago.
Durante a anestesia, estes mecanismos de defesa são bloqueados e, na eventualidade de ocorrer vômitos, o alimento poderá entrar nas vias respiratórias e provocar complicações pulmonares muito graves.
Portanto, não coma e nem beba coisa alguma. O jejum inclui alimentos sólidos e líquidos por, no mínimo, de 6 a 8 horas antes da cirurgia.
Lembre-se: a água está incluída no jejum.
Não coma e nem beba coisa alguma. É para ficar em jejum mesmo! Remova de sua boca quaisquer peças dentárias móveis, como dentaduras e pontes, especialmente as de menor tamanho.
Não use cosméticos ou produtos de beleza. Não leve para o hospital, muito menos para a sala de operações, qualquer tipo de joias ou relógios. Além disso, retire alfinetes, grampos de cabelo, perucas, cílios postiços, lentes de contato, esmalte de unha e outros objetos.
Não mastigue goma de mascar antes da cirurgia, porque isto provoca aumento de ar e de sucos gástricos no estômago, que podem causar vômitos depois da operação.
Não fume! É bom largar do cigarro pelo menos 15 dias antes da operação. Se você for fumante inveterado, pelo menos reduza ao máximo o número de cigarros consumidos diariamente.
Siga corretamente as orientações de seus médicos.